A campanha

Quando o grupo de Cuidadores realizou o mutirão de limpeza da Área Verde, que fica na entrada do bairro, pudemos observar o contraste dessa área com uma realidade bastante penosa, bem do outro lado da rua: em meio ao cimentado da calçada uma grande árvore estava com seu tronco praticamente estrangulado pelo cimento e, sua copa, podada de forma irregular, deformando sua imagem. A cena foi de uma tristeza preocupante. Parecia quase um apelo da árvore, um pedido de socorro!

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A partir dessa triste realidade, nossos olhares se estenderam para as outras árvores do mesmo quarteirão onde verificamos estarem na mesma situação, que se estendia praticamente por toda rua principal, com raras exceções. Some-se a isso outro fato ocorrido com um Flamboyant magnífico que vivia numa rua e que recentemente foi cortado nós causando espanto e revolta. Ao mesmo tempo estamos vendo ser amplamente divulgado pelas mídias a crise climática que acontece no Planeta, acompanhada de outra grave crise: a hídrica. A falta de conhecimento aliada a hábitos culturais, entre outros fatores, tem feito com que áreas verdes dentro das cidades sejam minimizadas até sua extinção, fazendo com que possíveis nascentes sejam secas e a falta de vegetação torne o clima cada vez mais árido.

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O Jardim Miriam tem algumas áreas verdes e mais de uma APP (Área de Preservação Permanente) que precisam ser permanentemente cuidadas, pois passam por inúmeras ameaças, desde incêndios, construções, descarte irregular de lixo e até vazamentos de esgoto! Entretanto, ao longo de suas ruas, o que há é uma falta de árvores que deixa o bairro com aparência desértica e uma sensação térmica altamente incômoda. Há relatos de moradores dizendo que havia, há não muito tempo atrás, mais árvores plantadas nas ruas e que, hoje, não se vê mais. Numa pequena caminhada realizada recentemente por algumas ruas do bairro, alguns Cuidadores puderam observar ruas realmente desertas de árvores, onde algumas tiveram podas tão radicais que estão fadadas a morte. 

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Entendendo que a maioria dos moradores e moradoras possam desconhecer as consequências que a falta de árvores acarreta para o todo do bairro e para a saúde e bem estar de quem nele mora, nos preocupamos e nos sentimos na responsabilidade de tomar uma  atitude para começar a mudar essa realidade hostil que certamente se voltará – e já vemos se voltar – contra nós mesmos. Em conjunto, pensamos em ações possíveis para, junto à comunidade, começarmos a mudança. Para isso, entendemos também que a informação para uma tomada de consciência da questão é o primeiro passo, antes de estruturarmos ações que nos levem à arborização das ruas do nosso bairro.

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Se sensibilizou com a causa?

Quer pensar e agir junto? Vem!!!

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Como dizia Raul, o Seixas:

“Sonho que se sonha só é só um sonho que se sonha só,

mas sonho que se sonha junto é realidade.”